A revista Veja
também informa que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, determinou o
afastamento do assessor especial Anderson Alexandre dos Santos,
coordenador-geral de Qualificação, e operador do esquema de achaque a
ONGs que tinham contrato com a pasta, conforme mostra reportagem de Veja
desta semana. Santos era o reponsável por recolher o dinheiro das
entidades, após a extorsão. Por meio de nota, Lupi disse que "não
compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos" e mandou abrir
sindicância para apurar as irregularidades.
Caciques do PDT, comandados por Lupi,
transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão.
Relatos de dirigentes das ONGs Instituto Êpa, do Rio Grande do Norte e
Oxigênio, do Rio de Janeiro, revelam que as entidades contratadas pelo
ministério para treinamento passavam a enfrentar problemas com a
fiscalização da pasta e tinham os repasses de recursos bloqueados. CLIQUE AQUI e acompanhe mais detalhes.
Para voltar a receber os recursos, as
ONGs eram orientadas por assessores próximos a Lupi. Eles alertavam que o
caso seria enviado à Controladoria Geral da União (CGU) para
investigação, mas ofereciam uma "alternativa": o pagamento de propina,
em valores que variavam entre 5% e 15% do valor do contrato. Assim, para
"normalizar pendências", as ONGs tinham que recorrer às mesmas pessoas
responsáveis por "criar as pendências".
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