Os jovens saem de casa mais tarde e cresceu o número de mulheres chefe de família. É o que mostram os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgados nesta sexta-feira (29), pelo IBGE. Segundo eles, a última década assistiu a rearranjos na organização familiar brasileira. A pesquisa indica que os jovens estão saindo mais tarde da casa dos pais: em 2002, 20% dos jovens entre 25 e 34 anos moravam em seus domicílios de origem. Em 2012, esse percentual saltou para 24%. Segundo o IBGE, trata-se de um fenômeno cada vez mais comum no país. Tão comum que recebeu um apelido – geração canguru. A geração canguru é majoritariamente masculina (60%) e ocorre com mais frequência nas famílias com renda mais elevada: chega a 15,3% das famílias com renda per capita entre 2 e 5 salários mínimos, contra 6,6% daquelas com renda familiar per capita de meio salário mínimo.
É grande no país o número de jovens da geração nem-nem: 1 em cada 5 jovens entre 15 e 29 anos nem estuda nem trabalha. Desses, a maioria é do sexo feminino. Mesmo assim, melhorou o acesso dessa população ao ensino superior - o percentual de jovens entre 18 e 24 anos que frequenta uma faculdade saltou de 9,8% em 2002 para 15,1% em 2012. A proporção de mulheres como pessoa de referência dos arranjos familiares aumentou de 28% em 2002 para 38% em 2012. De cada 100 mulheres na posição de pessoas de referência ou de cônjuges, aproximadamente 52 declararam estar ocupadas. É um número semelhante ao encontrado em meio às mulheres com 16 anos ou mais - dessas, 51,3% estão ocupadas. Para o IBGE, tal semelhança entre os indicadores é um sinal de que a condição da mulher na família não interfere seriamente no seu ingresso no mercado de trabalho.
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