Esquema criminoso beneficiaria candidatos a medicina em universidades públicas, segundo Polícia Federal do Ceará
A Polícia Federal do Ceará cumpriu na manhã desta sexta-feira (14) quatro mandados de prisão temporária de suspeitos de fraude do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Segundo a PF, a Operação Apollo investiga simultaneamente suspeitos do Ceará, Paraíba e Piauí. Nos três Estados foram cumpridos também 9 mandados de busca e apreensão.
O esquema criminoso atuava na região do Cariri, no sul do Ceará, e vem sendo investigado há 13 meses pela Polícia Federal. A quadrilha teria fraudado o Enem 2013 e o Enem 2014 para interessados em ingressar em cursos de medicina de universidades públicas.
A partir da investigação, dois candidatos foram presos no último sábado (8) em Juazeiro do Norte (CE) com o gabarito da prova em seus celulares. Os candidatos, um homem e uma mulher, se inscreveram como sabatistas e faziam a prova em horário diferenciado.
Presente na coletiva de imprensa da Polícia Federal, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Francisco Soares, disse que não há possibilidade do Enem ser cancelado por conta dessa fraude.
"O Enem não será cancelado. Estamos aqui diante de um fato completamente isolado", disse.
Os presos foram indiciados pela prática dos crimes de fraudes em certames públicos e organização criminosa. A Polícia Federal segue investigação agora para identificar candidatos que tiraram vantagem do esquema.
Tema da redação vazou, diz estudante
A Polícia Federal do Piauí investiga também uma denúncia de vazamento do tema da redação do Enem 2014. Um candidato de Picos (Piauí) afirmou à PF na última quarta-feira (12) ter recebido o tema da redação por uma foto no aplicativo WhatsApp mais de uma hora antes do início do exame no domingo.
A foto da folha de prova teria sido enviada a um grupo com cerca de 40 estudantes que fariam o Enem.
Um jovem do Ceará confirmou ao jornal Bom Dia Brasil ter recebido a imagem pelo aplicativo através de uma mensagem de um amigo de Campina Grande (PB).
O Inep afirma que está trabalhando em parceria com a PF para a investigação do caso.
* Com informações da Agência Brasil
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